O infanticídio indígena é uma prática cultural
ainda corrente entre alguns povos nativos do Brasil
de hoje, como os Kamayurá, Yanomami, Kajabi,
Bororo e Ticuna. Algumas situações diversas fazem
com que as indígenas pratiquem tal ato: quando a
mãe tem filhos em pequenos intervalos de tempo,
com menos de dois anos, por exemplo; crianças
com deficiências motoras ou físicas; em casos raros,
crianças do sexo feminino; quando nascem gêmeos,
um é sacrificado; e, mesmo, quando nascem
crianças albinas. Esta tradição coloca desafiadoras e
importantes reflexões que envolvem tanto o debate
sobre o respeito à diversidade cultural e o combate
ao etnocentrismo como a luta a favor dos direitos
humanos contra esse costume e, ao mesmo tempo,
a luta pela preservação da cultura dos povos
indígenas.
Acerca do infanticídio indígena, assinale a afirmação
verdadeira.
A) A luta pela proteção das culturas indígenas e à
defesa dos direitos humanos não precisam
estar desassociadas no desestímulo ao
infanticídio.
B) A visão etnocêntrica sobre o fenômeno do
infanticídio indígena é aquela que nos faz
enxergar com respeito e cuidado tal prática
cultural.
C) Astribos indígenas que cultivam este costume
devem ser conservadas sem nenhuma
intervenção para a garantia da diversidade
cultural.
D) O combate dos direitos humanos contra a
prática do infanticídio indígena coloca a divisão
entre a cultura civilizada e a cultura bárbara.