Entre 1973 e 1978, as receitas anuais do petróleo nos
principais produtores árabes cresceram enormemente: na
Arábia Saudita, de 4,35 bilhões para 36 bilhões de dólares;
no Kuwait, de 1,7 bilhão para 9,2 bilhões; no Iraque, de 1,8
bilhão para 23,6 bilhões; na Líbia, de 2,2 bilhões para 8,8
bilhões. Alguns outros produtores também aumentaram mui-
to sua produção, em particular Qatar, Abu Dhabi e Dubai.
O controle dos produtores sobre seus recursos também se
expandiu. Em 1980, todos os principais Estados produtores
tinham ou nacionalizado a produção de petróleo ou adquirido
uma maior participação nas empresas operadoras, embora
as grandes empresas multinacionais ainda tivessem uma po-
sição forte no transporte e na venda.
(Albert H. Hourani. Uma história dos povos árabes, 1994. Adaptado.)
A expansão da produção petrolífera no mundo árabe
(A) reforçou o nacionalismo, estimulado pelo orgulho das
populações com a riqueza súbita e o protagonismo de
alguns Estados da região no cenário político e econômico
mundial.
(B) acentuou a dependência mútua entre fornecedores e
compradores, pois os primeiros concentraram os esfor-
ços na exportação e os segundos dependiam do acesso
ao petróleo para o funcionamento de suas indústrias.
(C) gerou uma reorientação diplomática e ideológica na re-
gião, pois os vínculos comerciais com a União Soviética
reforçavam a posição política dos grupos de esquerda no
Oriente Médio.
(D) levou à dissolução da Organização dos Países Exporta-
dores de Petróleo, gerando uma guerra de preços entre
os Estados produtores e o aprofundamento das políticas
de controle dos níveis de produção.
(E) eliminou a interferência das Sete Irmãs, grupo de empre-
sas ocidentais que controlavam o mercado internacional
petrolífero, que passou a ser regido em função dos inte-
resses dos produtores.