A figura de Toussaint Louverture, o Espártaco Negro,
domina os anos revolucionários do final do século XVIII
na América, retratados pelo escritor cubano Alejo
Carpentier, em seu romance "O Século das Luzes".
Formidável estrategista, que soube jogar habilmente com
as rivalidades entre as grandes potências — Espanha,
Inglaterra e França —, Louverture consolidou seu poder e
desafiou Napoleão. Capturado à traição, morre numa cela
glacial nos Alpes do Jura, mas seus tenentes resistem. Os
43 mil soldados franceses, sob ordens de um cunhado de
Napoleão, são dizimados pela guerrilha de ex-escravos.
CAROIT, J. M. País marcado por golpes se rebelou contra escravidão.
Folha de S. Paulo, 01 de março de 2004. Adaptado.
O texto acima faz referência a um célebre episódio do
processo de independência das colônias na América, que
marcou o imaginário dos senhores de escravos, criando o
que a historiadora Celia Maria Marinho de Azevedo
denominou de “medo branco”. Trata-se da
a) Revolução de São Domingos, primeiro processo de
independência na América após os EUA, em que
Toussaint Louverture criou a única monarquia negra do
continente.
b) Revolução de São Domingos, primeira revolução de
escravos vitoriosa na América, em que foi proclamada
a independência da colônia francesa, que recebeu o
nome indígena de Haiti.
c) Revolução do Haiti, em que, após mais de 10 anos de
guerra civil, pequenos proprietários de terras, apoiados
pelos escravos, proclamam a independência em relação
à Espanha.
d) Revolução de Cuba, de 1768, em que proprietários de
terras, escravos e negros livres lutaram pelo fim do
domínio colonial espanhol e pela abolição da
escravidão.
e) Revolução de Cuba, de 1788, guerra civil que opunha,
de um lado os que defendiam a independência da
colônia e o fim da escravidão e, de outro, aqueles que
defendiam apenas a emancipação política.