Frida Kahlo, a mais importante pintora mexicana do
século XX viveu, entre 1907 e 1954, uma existência
breve, mas intensa. Sua notoriedade extravasou da
pintura também para sua vida pessoal, marcada por um
forte ideário político. Símbolo do feminismo e da
liberdade, ela militou no partido comunista mexicano
e trouxe para suas telas muitos elementos das culturas
pré-hispânicas da Mesoamérica.
MARIUZZO, P. Ciência e Cultura, vol.59, no.4, São
Paulo, 2007. Adaptado.
Frida Kahlo, Autorretrato na fronteira entre México e
Estados Unidos, 1932. Disponível em
https://artsandculture.google.com/story/-
QLCA772QViFIg?hl=pt-BR. Acesso 29 mai 2022.
Na tela acima, o corpo de Frida Kahlo divide a imagem
em duas metades, e há um forte paralelismo entre os
elementos presentes que as compõem. Pode-se afirmar
que o quadro retrata
a) a oposição entre a colonização inglesa da América,
unicamente baseada na industrialização e a
permanência da cultura agrária no México
contemporâneo como principal atividade econômica.
b) o fim do império asteca, no qual o culto e a terra
possuíam significados ritualísticos que foram
abandonados no México moderno e substituídos pela
cultura norte-americana.
c) a diversidade entre o México pré-hispânico, onde
os astecas tinham uma ligação ritual com o solo e o
trabalho, e os Estados Unidos moderno, representado
pelas fábricas.
d) uma interpretação da história mexicana marcada
pela atuação dos ricos e poderosos, com imagens de
índios oprimidos e explorados pela sociedade
capitalista norte-americana.
e) um povo que esquecera a grandeza de sua cultura
pré-colombiana após tantos séculos de opressão
estrangeira e de espoliação por parte das oligarquias
nacionais e estrangeiras.