A escravidão das populações indígenas e
negras no Brasil produziu a desintegração dos seus
diversos universos religiosos de origem e, ao longo
do processo de formação social brasileiro, ocorreu a
assimilação de elementos fraturados das crenças
ameríndias e africanas pelas tradições cristã e
católica. E, por outro lado, houve também processos
de assimilação ou sincretismo na criação de novas
religiões produzidas a partir de crenças
remanescentes indígenas e africanas misturadas
com elementos do cristianismo. Para Ortiz (1999), o
que ocorreu foi uma cristianização daquelas antigas
religiões fraturadas em algumas crenças cultivadas
por índios e negros escravizados e que resultaram,
por exemplo, na Umbanda e no Candomblé.
ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro:
umbanda e sociedade brasileira. São Paulo:
Brasiliense, 1999.
Sobre essas religiões oriundas do sincretismo de
crenças africanas, indígenas e europeias, é correto
afirmar que
A) o Candomblé é uma religião afro-brasileira que
nega as raízes africanas e adota o culto a
santos católicos.
B) o Candomblé e a Umbanda são, também,
modos de sobrevivência das antigas religiões
das etnias indígenas e negras.
C) a Umbanda, única religião afro-brasileira, é a
mais pura e próxima das tradições e crenças
africanas.
D) a Umbanda, o Candomblé e a Macumba
surgem, na verdade, como formas de negar a
imposição do cristianismo.