“É o saber da história como possibilidade e
nao como determinação. O mundo não é. O mundo
está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente,
interferidora na objetividade com que dialeticamente
me relaciono, meu papel no mundo não é só o de
quem constata o que ocorre mas também o de que
intervém como sujeito de ocorrências. Não sou
apenas objeto da História mas seu sujeito
igualmente. No mundo da História, da cultura, da
política, constato não para me adaptar mas para
mudar.”
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia.
Sao Paulo: Paz e Terra, p. 76-77.
O trecho acima apresenta uma visao acerca da
historia, que pode ser associada a concepcao
A) hegeliana, que compreende a história no
sentido teleológico, e cujo sujeito é o Espírito
absoluto em busca de autoconhecimento —
contemplação -— no tempo.
B) materialista histórica, em que a ação humana
se constitui como fundamento da história,
capaz de transformá-la ao mesmo tempo em
que a conhece.
C) positivista, segundo a qual a história é um
processo evolutivo que o homem deve conhecer
e nela conduzir-se em um movimento racional
de adaptação.
D) conservadora, que se funda na existência de
valores universais absolutos e em que a
tradição é fundamental para a manutenção de
tais valores.