Para Aristóteles (384-322 a.C.), a função da ética consiste no alcance da felicidade, que, por sua vez, reside
na ação conforme a virtude. Para agir de modo virtuoso, é preciso aprender a moderar nossas paixões por meio
do hábito. É desse modo que Aristóteles rompe com a tradição socrático-platônica da ética. Se, para estes
últimos, o conhecimento do bem era o que levava à ação moralmente boa, para Aristóteles o conhecimento do
bem não era suficiente para tal; mais do que conhecer o bem, era preciso praticá-lo.
Em Kant (1724-1804), por sua vez, agir de forma ética consiste em fazer uso de nossa autonomia. Do mesmo
modo que a razão pura é capaz de nos oferecer os caminhos para o conhecimento, a razão prática nos oferece
os caminhos para a ação. Sendo assim, a razão pode legislar sobre a vontade e a liberdade humanas, isto é, ela é
capaz de estabelecer uma norma universal conforme a qual é possível verificar se uma determinada ação é ou
não é moralmente boa.
Há aqui expressos dois dos maiores modelos éticos do ocidente. Sobre esses modelos, assinale a alternativa
CORRETA.
a) Em Aristóteles temos um modelo ético orientado para as finalidades, em que a construção do hábito é
fundamental.
b) Para Kant a ação ética é finalista, quer dizer, baseada nas intenções dos indivíduos que agem conforme a
ética.
c) É possível dizer que, para Kant, a ação conforme a virtude é baseada no aprendizado, ou seja, de modo a
posteriori.
d) Aristóteles nos apresenta uma ética pautada nas intenções que, por sua vez, são-nos dadas de modo a
priori.
e) Assim como para Kant, Aristóteles considera que conhecimentos dados a priori nos conduzem à ação
moralmente boa.