Embora parte considerável dos povos originários tenha sido exterminada no longo processo de colonização e
escravidão no Brasil, como narrado por Darcy Ribeiro em O povo brasileiro, há agrupamentos remanescentes
desses povos distribuídos por todo o território nacional. Um exemplo são os povos Wajápi, que vivem no território
do estado do Amapá, em terras indígenas demarcadas e homologadas em 1996.
A arte Kusiwa (Imagem 2), sistema próprio de representação dos Wajápi, traduz o modo no qual eles
compreendem e concebem o mundo. Essa arte interpreta a organização social dos Wajápi e o uso que fazem da
terra. Ela se dá por meio de pinturas corporais (nas costas, braços e face) de certos padrões, gerando
composições diversas, também compreendidas como Arte Gráfica Wajápi. As pinturas corporais são realizadas
diariamente e são cultivadas à medida que os mais velhos ensinam os mais jovens a arte da pintura Kusiwarã no
corpo.
Em 2002, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) registrou a Arte Kusiwa como
patrimônio nacional. Em 2003, a UNESCO a reconheceu como patrimônio da humanidade. No que diz respeito à
modalidade patrimonial, essas duas instituições reconhecem, portanto, a Arte Kusiwa como um
a) Patrimônio Artístico
b) Patrimônio Arqueológico
c) Patrimônio Cultural Imaterial
d) Patrimônio Cultural Material
e) Patrimônio Histórico