Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem
cerâmica dos caçadores antigos foram substituídos por
conjuntos que evidenciam uma forte mudança na
tecnologia e nos hábitos. Ao mesmo tempo que
aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou
taquara (no Rio Grande do Sul) e o consumo de
vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de
habitações.
André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história
do nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado.
O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o
da cerâmica entre os habitantes do atual território do
Brasil, há 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a
agricultura
a) favoreceu a ampliação das trocas comerciais com
povos andinos, que dominavam as técnicas de
produção de cerâmica e as transmitiram aos povos
guarani.
b) possibilitou que os povos que a praticavam se
tornassem sedentários e pudessem armazenar
alimentos, criando a necessidade de fabricação de
recipientes para guardá-los.
c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos
sambaquis, que conciliaram a produção de objetos
de cerâmica com a utilização de conchas e ossos na
elaboração de armas e ferramentas.
d) difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de
Noronha, região de caça e coleta restritas, o que
forçava as populações locais a desenvolver o cultivo
de alimentos.
e) era praticada, prioritariamente, por grupos que
viviam nas áreas litorâneas e que estavam, portanto,
mais sujeitos a influências culturais de povos
residentes fora da América.