Enquanto no capitalismo “ter cultura” torna-se cada vez mais sinal de “distinção de classe” e de “possuir bens
culturais”, nas sociedades tradicionais ela pertence a todos os membros e é transmitida gratuitamente. A cultu-
ra é essencialmente um modo de viver que inclui a todos e a tudo modela, material e espiritualmente. A prática
do nomadismo pastoril, por exemplo, implica o conhecimento de receitas de criação de gado, domesticação de
animais e sua utilização para a nutrição, fabricação de vestuários e da tenda. A eficácia dessas técnicas resi-
de, por um lado, num conhecimento empiricamente adquirido sobre as propriedades do meio e as exigências
das espécies de animais. Por outro lado, ela também depende de um valor simbólico de uma técnica religiosa
ou mágica: o homem dito “primitivo” abate a presa por intermédio da fecha, pedra ou lança, mas isso não se
separa das orações e dos rituais de caça.
(Adaptado de: SORRE, Max. A noção de gênero de vida e sua evolução, [1952] Im: . Geografia. São Paulo, Áica, 1984).
A parti das idéias do texto, são feitas as afirmações que seguem.
1. Nas sociedades contemporâneas, a cultura vai perdendo várias de suas características religiosas e cul-
tuais, tomando-se gradualmente mais prática, racional e vendida como mercadoria ou ostentada como
privilégio.
IL As sociedades tradicionais buscam na cultura formas de alimentar preconceitos religiosos, distinções de
classe e exclusão social
1. Nas sociedades tradicionais a eficiência técnica da cultura não pode ser separada da eficiência e do valor
simbólico-religioso para os grupos locais.
É correto afirmar o contido em apenas.
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