Se essa passagem de século tem hoje um sentido para nós, um sentido que
talvez não tinha nos séculos anteriores, é porque vemos que aí é que surgem as
primícias da globalização. E essa globalização é mais que um processo de
expansão de origem ibérica. Em 1500, ainda estamos bem longe de uma
economia mundial. No limiar do século XVI, a globalização corresponde ao fato
de setores do mundo que se ignoravam ou não se frequentavam diretamente
serem postos em contato uns com os outros.
GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520 — as origens da globalização. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999, p. 96-98. (Adaptado).
Na busca das raízes do conceito de globalização, os historiadores têm voltado suas
atenções as grandes navegações, porque este momento histórico
A) permitiu, com anuência da Igreja, a formação de um verdadeiro mercado global de mão
de obra escrava, composta de indígenas.
B) tornou a Igreja uma força política global, com hegemonia, por exemplo, sobre todo o
continente americano.
C) representou a unificação dos mercados coloniais principalmente a partir do
fornecimento de gêneros de subsistência.
D) foi decisivo na expansão da atividade comercial para além das fronteiras europeias e na
ampliação dos mercados.