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Leia o texto a seguir. As universidades foram criações eclesiásticas, originando-se como extensões dos colégios episco- pais, nos quais os jovens estudantes aprendiam o domínio das sete artes liberais, que eram a base da sua formação. No entanto, as universidades só come- çaram a destacar-se como um sistema de educação e investigação mais complexo que os colégios epis- copais por volta do século XIII. Apesar de datar desse século, a encíclica Parens scientiarum, do Papa Gre- gório IX, procurou legitimar a universidade enquanto instituição eclesiástica. Adaptado de: brasilescola.uol.com.br Com base no texto e sobre a Universidade, considere as afirmativas a seguir. I. Surgiu no contexto histórico da Idade Média a partir de ações da Igreja Católica, mas, ao mesmo tempo, cons- tituiu uma reação aos valores religiosos. Il. Orientava-se a partir do Trivium e do Quadrivium como fundamentos, formando as chamadas sete artes libe- rais. HI. Surgiu na Idade Moderna, quando os ideais eclesiásti- cos popularizaram a formação superior. IV. Surgiu na Antiguidade, no contexto histórico do desen- volvimento científico em torno das disciplinas da Mate- mática, da Moral e da Biologia. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas | e Il são corretas. b) Somente as afirmativas | e IV são corretas. c) Somente as afirmativas Ill e IV são corretas. d) ) e Somente as afirmativas |, Ile Ill são corretas. Somente as afirmativas Il, Ill e IV são corretas.

O surgimento das primeiras universidades, nos séculos XII e XIII, marca um momento capital da história do Ocidente medieval. Em relação à época anterior, esse momento comportou elementos de continuidade e de ruptura. Os primeiros devem ser buscados na localização urbana das universidades, no conteúdo dos ensinamentos, no papel social dos homens de saber. Já os elementos de ruptura foram inicialmente de ordem institucional. No âmbito das instituições educativas, este sistema era novo e original. As comunidades autônomas dos mestres e dos estudantes eram protegidas pelas mais altas autoridades leigas e religiosas daquele tempo, permitindo tanto progressos no domínio dos métodos intelectuais e em sua difusão como uma inserção mais eficiente das pessoas de saber na sociedade da época. (Adaptado de J. Verger, Cultura, ensino e sociedade no ocidente nos séculos XIl e XII. Bauru: EDUSC, 2001, p.189-190.) Considerando o texto e seus conhecimentos sobre o período medieval, assinale a alternativa correta. a) A Igreja Católica apoiava a estruturação das universidades medievais, que representavam o avanço das ciências e a superação de dogmas e das teorias teocéntricas. b) A organização institucional diferencia as universidades medievais das corporações de ofícios, visto que seu método de estudo estava calcado na escolástica, caracterizando o atraso do mundo medieval. c) Uma ruptura trazida pelas universidades medievais foi o início da atuação dos copistas nas bibliotecas, que copiavam sistematicamente a produção de autores latinos críticos aos dogmas religiosos. d) A institucionalização das universidades medievais era um dado novo no período; essas instituições se caracterizavam pelo apoio das autoridades de dentro e de fora da Igreja, e pela maior autonomia e inserção social de seus membros.

Sobre as universidades, na Baixa Idade Média, como centros de formação profissional, é CORRETO afirmar: a) Os universitários eram motivados pelos desejos de saber e/ou de fazer carreira honorífica ou lucrativa. De fato, as carreiras almejadas pelos universitários, dentre elas a medicina, eram, em sua maioria, da iniciativa privada, e ganhavam força com o crescimento da burguesia. b) O desenvolvimento das faculdades de medicina corresponde a um esforço pela saúde pública e pela salubridade, sobretudo após a Grande Peste e por conta da luta demandada pelos poderes públicos contra as epidemias. c) O caráter fortemente prático da formação profissional universitária, escolástica, é base da especialização reclamada pelos ofícios públicos, que eram inspirados no aristotelismo e no platonismo. d) O permanente conflito entre os universitários e os poderes públicos tratava de aspectos estruturantes dessa sociedade, que formava seus profissionais e não qualificava seu serviço público. e) O crescimento da vida urbana não estabelecia relação com o surgimento das universidades, que continuavam formando pessoas oriundas da nobreza rural, e que voltavam para os feudos com seus conhecimentos práticos.