No dia 25 de dezembro de 1991, Mikhail Gorbachov vivia suas últimas horas no Kremlin.
Aquele foi um dia de esperança para milhões de pessoas na Rússia, que viam o futuro
com otimismo. Também foi um momento de luto para outros milhões, agora ex-cidadãos
soviéticos. O novo mapa significou para muitos ter de abandonar o lugar em que haviam
nascido, deixar lá familiares e relíquias. “Quando foi arriada a bandeira vermelha fiquei em
estado de choque”, lembra Serguei Kosarev, que tinha então 37 anos. “Eu, nascido em
Sochi, tinha terminado o ensino médio no Cazaquistão. De repente, meus amigos, minha
juventude, ficaram para trás em outros países. Pensei que tudo isso fosse para o mal, e no
começo foi duro. Mas o pior não foi o primeiro ano da reforma econômica, e sim mais tarde,
quando na Rússia deixaram de pagar em dia os salários, e havia atrasos de seis meses ou
mais”, conta. “No final, no meu caso tudo foi para o bem, recuperei a religião dos meus
antepassados, como outros milhões de ortodoxos, e vi meio mundo; nem uma coisa nem
outra teriam sido possíveis na U.R.S.S.”, conclui.
Adaptado de brasil.elpais.com, 23/12/2016.
De acordo com a reportagem, o fim da U.R.S.S. trouxe as seguintes mudanças significativas
para alguns de seus ex-cidadãos:
(A) recuperação da liberdade sindical e perda da ideologia comunista
B) liberalização da iniciativa industrial e abandono da unidade comercial
C
D
) ampliação do direito trabalhista e enfraquecimento do poderio militar
)
fragmentação do território nacional e redimensionamento da identidade cultural