Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o
poeta português Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no
poema “Padrão”:
“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”
(Fernando Pessoa, Mensagem — poemas esotéricos. Madri: ALLCA XX,
1997, p. 49.)
Nestes versos identificamos uma comparação entre dois
processos históricos. É válido afirmar que o poema
compara
a)
b)
d)
o sistema de colonização da Idade Moderna aos
sistemas de colonização da Antiguidade Clássica: a
navegação oceânica tornou possível aos portugueses o
tráfico de escravos para suas colônias, enquanto
gregos e romanos utilizavam servos presos à terra.
o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade
Moderna aos processos de colonização da
Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e
romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o domínio
ortuguês expandiu-se pelos oceanos Atlântico e
ndico.
a localização geográfica das possessões coloniais dos
impérios antigos e modernos: as cidades-estado
gregas e depois o Império Romano se limitaram a
expandir seus domínios pela Europa, ao passo que
Portugal fundou colônias na costa do norte da África.
a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto
o domínio de gregos e romanos sobre os mares teve
um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas,
respectivamente, Portugal figurou como a maior
potência marítima até a independência de suas
colônias.