Um medicamento, após ser ingerido, atinge a
corrente sanguínea e espalha-se pelo organismo, mas,
como suas moléculas “não sabem” onde é que está o
problema, podem atuar em locais diferentes do local “alvo”
e desencadear efeitos além daqueles desejados. Não seria
perfeito se as moléculas dos medicamentos soubessem
exatamente onde está o problema e fossem apenas até
aquele local exercer sua ação? A técnica conhecida como
iontoforese, indolor e não invasiva, promete isso. Como
mostram as figuras, essa nova técnica baseia-se na
aplicação de uma corrente elétrica de baixa intensidade
sobre a pele do paciente, permitindo que fármacos
permeiem membranas biológicas e alcancem a corrente
sanguínea, sem passar pelo estômago. Muitos pacientes
relatam apenas um formigamento no local de aplicação. O
objetivo da corrente elétrica é formar poros que permitam a
passagem do fármaco de interesse. A corrente elétrica é
distribuída por eletrodos, positivo e negativo, por meio de
uma solução aplicada sobre a pele. Se a molécula do
medicamento tiver carga elétrica positiva ou negativa, ao
entrar em contato com o eletrodo de carga de mesmo
sinal, ela será repelida e forçada a entrar na pele
(eletrorrepulsão - A). Se for neutra, a molécula será
forçada a entrar na pele juntamente com o fluxo de
solvente fisiológico que se forma entre os eletrodos
(eletrosmose - B)
* ELETRORREPULSAO
GRATIERI, T; GELFUSO, G. M.; LOPES. R. FV. Medicago, do futuroionoforese facita
entrada de fármacos no organismo. Ciencia Hoje, vol 44, n° 258, maio 2008 (adaptado)
De acordo com as informações contidas no texto e nas
figuras, o uso da iontoforese
O provoca ferimento na pele do paciente ao serem
introduzidos os eletrodos, rompendo o epitélio
© aumenta o risco de estresse nos pacientes, causado
pela aplicação da corrente elétrica
& inibe o mecanismo de ação dos medicamentos no
tecido-alvo, pois estes passam a entrar por meio da
pele.
O diminui o efeito colateral dos medicamentos, se
comparados com aqueles em que a ingestão se faz
por via oral
& deve ser eficaz para medicamentos constituídos de
moléculas polares e ineficaz, se essas forem apolares.