“A prática política baseada na troca de favores e em interesses
pessoais, destituída de caráter programático-partidário, que deixa de lado
até mesmo as concepções ideológicas e os princípios gerais básicos, é
caracterizada como fisiologismo.”
Elza Nadai e Joana Neves
Desde o período conhecido como República Velha (1889-1930) até hoje, a
política brasileira é imensamente marcada pela prática fisiológica. Tal presença
é evidenciada, ao longo da nossa história republicana,
a)
b)
d)
nas alianças político-eleitorais, quando o objetivo de ganhar as eleições
supera o compromisso partidário e ideológico, levando a acordos que
privilegiam interesses particulares .
nas negociações predominantemente pacíficas, entre o eleitorado brasileiro e
os chefes políticos nacionais, estaduais e federais, baseadas no patriarcalismo
e no coronelismo.
sobretudo após a confirmação, pela Constituição de 1988, do voto censitário,
favorecendo o sistema de troca de favores pessoais entre os cidadãos e seus
representantes, em todos os níveis de poder.
nas negociações violentas que ainda se manifestam nas regiões mais
industrializadas do Brasil, durante o período eleitoral, entre os chefes
políticos locais e os seus eleitores, constrangidos por jagunços.
na predominância de uma política nacional que, ainda hoje, possui bases
familiares e rurais, sempre em defesa dos interesses nacionais e visando à
autonomia do país.