“Implantadas primeiramente na indústria automobilística Ford, nos
Estados Unidos, as esteiras levavam o chassi do carro a percorrer toda
a fábrica. Os operários distribuiam-se lateralmente e montavam o carro
com peças que chegavam a suas mãos em outras esteiras rolantes.
Esse método de racionalização da produção em massa foi chamado
de fordismo(...)O fordismo integrou-se às teorias do engenheiro norte-
americano Frederick Winslow Taylor, o taylorismo, que visava ao aumento
da produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens
no processo de produção.”
(Cláudio Vicentino)
O empresário Henry Ford era, durante a década de 1920, o homem mais rico do
mundo e o maior industrial do novo século. Além da reorganização das bases
do sistema de produção de automóveis, ele fixou a jornada de trabalho de seus
funcionários, em 1913, em 8 horas e o salário em US$ 2,34 por dia. Em janeiro
de 1914, elevou para US$ 5,00 por dia o salário mínimo em suas empresas.
Tal política adotada por Henry Ford, de expressivo aumento salarial a seus
funcionários, deveu-se
a) à certeza de que, com melhores salários, seriam contratados somente os
mais capacitados operários americanos, não necessitando recorrer à força
de trabalho de imigrantes e minorias.
b) a uma estratégia de marketing inovadora e impactante que atrairia, de
forma positiva, a atenção da imprensa e do público a favor do trabalho
coletivista.
c) à determinação, por parte desse empresário, de manter relações cordiais
com os sindicatos e de aumentar o seu prestígio junto às lideranças políticas
e religiosas do seu país.
d) à vantagem da permanência dos operários que conseguissem garantir
o elevado ritmo de produtividade, além de permitir que os mesmos se
tornassem futuros consumidores dos automóveis da empresa.
e) ao ideal político adotado por Henry Ford de que, somente com um novo
modelo de operário fiel à empresa, eficiente e solidário, poderiam ser
lançadas as bases que, futuramente, originariam as relações socialistas no
país.