Ele destruiu apenas uma coisa: a Revolução Jacobina, o
sonho de Igualdade, Liberdade e Fraternidade do povo
erguendo-se em sua grandiosidade para derrubar a opres-
são. Este último foi um mito mais poderoso do que Napo-
leão, pois, após sua queda, foi isso, e não a memória do
imperador, que inspirou as revoluções do século XIX, in-
clusive em seu próprio país.
(Eric Hosbsbawm. A era das revoluções: Europa 1789-
1848. Trad. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p. 113)
O texto e o conhecimento histórico permitem afirmar que
Napoleão contrariou ideais da Revolução Francesa, uma
vez que, enquanto os seus exércitos travavam guerras por
toda a Europa,
(A) colocou em prática propostas e atuação dos defen-
sores da “ditadura dos humildes”, que reforçaram o
distanciamento das ambições populares das da elite
burguesa na França.
(B) impôs um regime despótico na França, suprimiu di-
reitos individuais, perseguiu intelectuais e o nas-
cente movimento operário e censurou a imprensa.
(C) implantou na França e no império o Regime do
Terror, caracterizado por violenta ação contra inimi-
gos do governo e pelo culto revolucionário, fundado
na razão e na liberdade.
(D) elaborou uma Constituição que restabeleceu o crité-
rio censitário para as eleições legislativas na França
e no império marginalizando, assim, grande parcela
da população.
(E) empenhou-se em acabar com a supremacia da reli-
gião católica, e de seu clero, na França, desenvol-
vendo um culto revolucionário fundado na razão e na
liberdade de expressão.