Minas Gerais, com sua população adventícia, consti-
tuída de aventureiros, foi, em seus primórdios, o teatro de
frequentes turbulências. Depois da Guerra dos Emboabas
e nas primeiras décadas do século XVIII, o espírito de ga-
nância não deixou de provocar conflitos entre governan-
tes e governados. Entre as revoltas desencadeadas por
medidas de ordem fiscal, tem merecido destaque a de 28
de junho de 1720 que agitou o distrito de Vila Rica e só foi
debelada graças à contrarrevolução desencadeada pelo
Conde de Assumar.
(Nícia Vilela Luz. “Inquietação revolucionária no sul:
Conjuração Mineira”. In: A época colonial, vol 2, 1960. Adaptado.)
Considerando as afirmações do excerto e conhecimentos
sobre o período colonial brasileiro, é correto sustentar que
as turbulências, às quais o excerto se refere, resultaram
de um quadro
(A) de desentendimentos entre os portugueses enriqueci-
dos com a exploração colonial e as ordens religiosas
contrárias à escravização dos índios.
(B) de divergências sociais agravadas pelo aumento
crescente da produção aurífera, conjugado à consti-
tuição na colônia de uma elite cultural iluminista.
(C) de igualdade de oportunidades de enriquecimento
oferecidas aos senhores escravistas e aos trabalha-
dores livres da mineração.
(D) de lutas pela independência da colônia com a partici-
pação de senhores de engenho, mineradores de me-
tais preciosos e burocracia colonial.
(E) de disputas por riquezas minerais entre os primeiros
descobridores das jazidas, os recém-chegados, os
faiscadores e o aparato estatal metropolitano.