Em “O alienista”, o narrador machadiano dirige-se, inúme-
ras vezes, diretamente ao leitor, conforme se observa em:
(A) “Era a vez da terapêutica. Simão Bacamarte, ativo e
sagaz em descobrir enfermos, excedeu-se ainda na
diligência e penetração com que principiou a tratá-los.”
(B) “Respondiam-lhe ora uma coisa, ora outra; afinal dis-
seram-lhe a verdade inteira.”
(C) “Agora, se imaginais que o alienista ficou radiante ao
ver sair o último hóspede da Casa Verde, mostrais
com isso que ainda não conheceis o nosso homem.”
(D) “No fim de cinco meses e meio estava vazia a Casa
Verde; todos curados!”
(E) “Neste ponto todos os cronistas estão de pleno acor-
do: o ilustre alienista fez curas pasmosas, que excita-
ram a mais viva admiração em Itaguaí.”