O tráfico de escravos assumiu diferentes significados
para diferentes parceiros. Do ponto de vista dos africanos
que comercializavam escravos, uma lógica nova e insidiosa
passou a orientar o sistema de captura e de venda de escra-
vos. Enquanto em África o tráfico de escravos fortalecia um
conjunto de estruturas, instituições “modernas” de comercia-
lização e movimento de capitais desenvolveram-se entre a
América escravista e a Europa.
(Frederick Cooper. Histórias de África:
Capitalismo, Modernidade e Globalização, 2016. Adaptado.)
O tráfico de escravos africanos abastecia com mão de obra
as economias do continente americano a partir do século XVI.
O tráfico deu origem a um sistema atlântico de economia, que
(A) promovia o processo de independência e de autonomia
cultural nas colônias.
(B) impedia a circulação de tecnologia europeia e de produtos
americanos na África.
(C) permitia a distribuição igualitária de riquezas e de poder
entre os continentes.
(D) enfraquecia a presença da burguesia e do absolutismo
no Antigo Regime europeu.
(E) articulava formas de produção e de poder em organiza-
ções sociais distintas.