“Aquilo que conhecemos cientificamente não é
sujeito a quaisquer variações. Portanto, o objeto do
conhecimento científico existe necessariamente. Ele
é consequentemente eterno, pois todas as coisas
cuja existência é absolutamente necessária são
eternas. Além disso, toda ciência pode ser ensinada,
e tudo que é cientificamente conhecido pode ser
aprendido. Então, o conhecimento científico pode
também ser demonstrado. As coisas variáveis são
objeto da fabricação e das ações praticadas.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, 1139b. Trad. bras. Mário
da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília,
2001. - Adaptado.
Essa definição da ciência (epistéme) por Aristóteles
revela bem a diferença entre a concepção grega
(antiga) de ciência e a nossa (moderna). A diferença
está em que, para nós, modernos,
A) os objetos da ciência não são necessários, mas
indeterminados.
B) os objetos da ciência não são invariáveis, pois
são modificáveis.
C) o saber científico não pode ser aprendido, pois
não é ensinável.
D) os conhecimentos científicos não podem ser
demonstrados.