Marque com V o que for verdadeiro e com Fo
que for falso acerca do que se diz sobre o texto 2.
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A pergunta especial que o sujeito lírico faz
aos pintores tem força expressiva no poema,
principalmente porque traz o verbo no futuro
do pretérito. Esse tempo verbal sugere a
incerteza, a quase impossibilidade - ou
mesmo a impossibilidade - da missão de
determinar a tonalidade do verde dos olhos
da personagem.
O verso 1 da 5º estrofe, “O verde dos teus
olhos é subjetivo”, serve de ponte para se
passar da superficialidade da primeira leitura
para a profundidade da segunda. Isso se dá
em virtude da incongruência da relação entre
sujeito e predicativo do sujeito: o verde (a
cor verde) é algo percebido por um dos cinco
sentidos, portanto é algo que não pode ser
subjetivo.
Um acontecimento que, para o sujeito lírico,
poderá ser um elemento, talvez o primeiro,
que determinará a fixação do verde dos
olhos da amada será a espera tranquila e
feliz da chegada do amor em um navio
perdido.
Os versos transcritos a seguir — “Não
escondem braços em naufrágios / nem vozes
que não se ouvem / na despedida” (linhas
72-74) -— constituem duas metonimias, as
mais expressivas do poema. Os braços são,
com certeza, a parte do corpo cujos
movimentos mais se mostram na tentativa
de salvação de um afogamento. Por seu
lado, a voz é, de maneira geral, o som que
mais se ouve em uma despedida.
Nos versos das linhas 85 a 87 — “tu, sem a
estrela dos navegantes, / esperas / pelo
navio perdido do meu amor”, o eu poético
constrói uma imagem que concretiza algo
abstrato — “amor” - em algo concreto -—
“navio”. Esse trabalho de concretização do
abstrato potencializa a força negativa do
navio ("perdido do meu amor”), ou seja, do
amor do eu poético.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte
sequência:
A) V,FV,V,F.
B) F,V, F, F, V.
C) F, F, V, V, F.
D)
V,V,F, V, V.