As rubricas ou indicações cênicas são “textos que não se destinam a ser
pronunciados no palco, mas que ajudam o leitor a compreender e a imaginar a ação e as
personagens. Esses textos são igualmente úteis ao diretor e aos atores durante os
ensaios, mesmo que eles não os respeitem.” (RYNGAERT, Jean-Pierre. Introdução à
análise do teatro. São Paulo: MartinsFontes, 1996, p. 44)
Entre as indicações cênicas a seguir — extraídas de O Anjo Negro, de Nelson Rodrigues —
assinale a que se destina à leitura e interpretação do texto e não à sua encenação.
a) “Passaram-se dezesseis anos e nunca mais fez sol. Não há dia para Ismael e sua familia.”
(Primeiro quadro do terceiro ato)
b) “No andar térreo, um velório. O pequeno caixão de “anjo! — de seda branca — com os quatro
círios, bem finos e longos acesos.” (Primeiro quadro do primeiro ato)
c) “Em cima, de costas para a plateia, Virginia, a esposa branca, muito alva; veste luto
fechado.” (Primeiro quadro do
primeiro ato)
d) “Elias, meigo como nunca. A cama atual de Virgínia está revolvida, como a de solteira; um
travesseiro no chão; metade do lençol para fora.” (Segundo ato)
e) “Vê-se a silhueta de Ana Maria, no frenético e inútil esforço de libertação.” (Segundo quadro
do terceiro ato)