A complexa organização social das formigas pode ser ex-
plicada pelas relações de parentesco genético entre os indi-
víduos da colônia. É geneticamente mais vantajoso para as
operárias cuidarem das suas irmãs que terem seus próprios
filhos e filhas.
No formigueiro, uma única fêmea, a rainha, que é diploide,
põe ovos que, quando fertilizados, se desenvolvem em ope-
tárias também diploides. Os ovos não fertilizados dão origem
aos machos da colônia. Esses machos, chamados de bitus,
irão fertilizar novas rainhas para a formação de novos formi-
gueiros. Como esses machos são haploides, transmitem inte-
gralmente para suas filhas seu material genético. As rainhas
transmitem para suas filhas e filhos apenas metade de seu
material genético.
Suponha um formigueiro onde todos os indivíduos são filhos
de uma mesma rainha e de um mesmo bitu. Sobre as relações
de parentesco genético entre os indivíduos da colônia, é cor-
reto afirmar que
(A) as operárias compartilham com os seus irmãos, os bitus,
em média, 50% de alelos em comum, o mesmo que com-
partilhariam com seus filhos machos ou fêmeas, caso
tivessem filhos.
(B) as operárias são geneticamente idênticas entre si, mas
não seriam geneticamente idênticas aos filhos e filhas
que poderiam ter.
(C) as operárias compartilham entre si, em média, 75% de
alelos em comum; caso tivessem filhos, transmitiriam a
eles apenas 50% de seus alelos.
(D) os bitus são geneticamente idênticos entre si, mas não
são geneticamente idênticos aos seus filhos e filhas.
(E) a rainha tem maior parentesco genético com as operárias
que com os seus filhos bitus.