Como se verifica na leitura atenta do soneto, o eu-lírico dirige-se
ao coração servindo-se do tratamento de segunda pessoa do sin-
gular (tu, te, ti, contigo). Se utilizasse o tratamento de segunda
pessoa do plural, o último terceto assumiria a seguinte forma:
(A) E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso
sangue estuoso e quente, /rides! coração, tristíssimo palhaço.
(B) E embora caisteis sobre o chão, fremente, / afogado em
vosso sangue estuoso e quente, /riais! coração, tristíssimo
palhaço.
(C) E embora cais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso
sangue estuoso e quente, /riais! coração, tristissimo palhaço.
(D) E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em seu
sangue estuoso e quente, /riai! coração, tristissimo palhaço.
(E) E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso
sangue estuoso e quente, /ride! coração, tristíssimo palhaço.