Nas últimas três décadas, vimos o fim de velhas unidades
políticas e a emergência de novas: as unificações da
Alemanha e do Iêmen, a desintegração da
Checoslováquia, da lugoslávia e da União Soviética, a
secessão de países como Eritreia, Timor-Leste e Kosovo.
Vimos também a expansão de esforços de integração
política e econômica, a absorção de antigos membros do
Pacto de Varsóvia na Otan, o envolvimento de exércitos
nacionais em esforços da ONU pela manutenção da paz e
a mobilização de outros tantos exércitos na tentativa de
conter e definir o terrorismo como fenômeno político.
(Adaptado de Sebastião Nascimento, Vinte anos sem muro em Berlim: novas faces da
violência política. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v.26, n. 77, out. 2011.)
Sobre esta nova condição histórica e geopolítica
internacional, é correto afirmar:
a) As décadas que nos separam da queda do Muro de
Berlim e do fim da Guerra Fria representam um
período de continuidade das formas e demandas
políticas no plano internacional e de manutenção da
cartografia mundial.
b) A reunificação alemã foi decisiva nesse processo
global. Ela fez desaparecer o maior símbolo da Guerra
Fria na Europa, a Alemanha dividida. A queda do Muro
de Berlim em 1989 e o 11 de setembro de 2001 são
marcos desse processo.
c) Após a descolonização nos anos de 1950 e 1960, a
dessovietização do mundo nos anos de 1990 reforçou
o imperialismo, compreendido como um sistema de
Estados nacionais iguais sob o direito internacional.
d) Desde 1989, o Estado nacional democrático alcançou
todo o globo com eleições livres, não apenas no Leste
Europeu, mas também nos países orientais. Na
retórica política comum, destaca-se o fenômeno do
terrorismo atlântico.