Um dos poucos que, em sua época, acreditava na
soberania absoluta do povo. Curvar-se a uma lei, de
cuja criação a sociedade não participou, era uma
receita para a tirania. A autodeterminação está na raiz
de toda ética e política. Os seres humanos podem
abusar de sua liberdade, mas não são verdadeiramente
humanos sem ela. O que esse gigante teria pensado da
Europa 300 anos depois de seu nascimento? Ele ficaria
impressionado com a forma como a democracia, que
ele tanto prezava, está sob o cerco do poder
corporativo e de uma mídia manipuladora. A
sociedade, ele ensinou, no verdadeiro estilo
republicano, era um lugar onde homens e mulheres
podiam florescer como fins em si mesmos, não como
um conjunto de dispositivos para promover seus
interesses egoístas.
EAGLETON, Terry. Disponível em
https://www.theguardian.com/commentisfree/2012/jun/27.
Acesso 12 out 2022.
O texto acima refere-se a um dos principais
pensadores da Modernidade, considerado um
importante teórico contratualista, deixando
contribuições para o debate acerca da formação da
sociedade civil. Trata-se de:
a) John Locke, que apoiava o absolutismo e afirmava
que o poder soberano tem como única função a
garantia da liberdade, essencial para a realização
humana.
b) Thomas Hobbes, que era contrário a qualquer tipo
de Estado forte como forma de controlar os
sentimentos antissociais dos homens em sociedade.
c) Jean Jacques Rousseau, para quem a única maneira
de garantir os direitos de cada um está na organização
de uma sociedade civil, com direitos iguais para todos.
d) Voltaire, teórico do Iluminismo, em cuja obra
aparece formulada, pela primeira vez e da maneira
mais completa, o conceito de soberania dos povos.
e) Jean Bodin, para quem o progresso da sociedade
somente viria com o reconhecimento das liberdades
individuais e com o respeito e a tolerância a todas as
formas de pensar.