Em As consequências da modernidade, Anthony Giddens afirma:
“A modernidade é inerentemente globalizante — isso é evidente em algumas das mais básicas características das instituições
modernas [...]. Mas o que é exatamente a globalização e como pode ser melhor conceituado o fenômeno? [...] A globalização
pode ser assim definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal
maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa. Este é
um processo dialético porque tais acontecimentos locais podem se deslocar numa direção anversa às relações muito
distanciadas que os modelam. A transformação local é tanto uma parte da globalização quanto a extensão lateral das conexões
sociais através do tempo e do espaço. Assim, quem quer que estude as cidades hoje em dia, em qualquer parte do mundo,
está ciente de que o que ocorre numa vizinhança local tende a ser influenciado por fatores — tais como dinheiro mundial e
mercado de bens — operando a uma distância indefinida da vizinhança em questão. O resultado não é, necessariamente, ou
mesmo usualmente, um conjunto generalizado de mudanças atuando numa direção uniforme, mas consiste em tendências
mutuamente opostas. A prosperidade crescente de uma área urbana em Singapura pode ter causas relacionadas, via uma
complicada rede de laços econômicos globais, ao empobrecimento de uma vizinhança em Pittsburgh, cujos produtos locais
não são competitivos nos mercados mundiais”.(GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. Sao Paulo: Edunesp,
191, p. 60-61.)
A partir das conclusões de Giddens, compare os aspectos locais aos globais presentes na formação da modernidade
e da globalização.