“Um estudo realizado pelo Centro de Estudos da
Metrópole, ligado à Universidade de São Paulo (USP), em
parceria com a Prefeitura de São Paulo, quantificou o
número de moradores em favelas e em loteamentos
irregulares no Município de São Paulo, tomando como
base de comparação, principalmente, os censos
populacionais de 2000 e 2010, dentre outros dados. Nesse
período, o número de favelas na capital paulista cresceu de
2.018 para 2.098, assim como o número de domicílios, de
291.983 para 361.831, e de moradores em áreas de favela,
de 1.172.043 para 1.307.152. Já a densidade populacional
reduziu de 413 habitantes por hectare, em 2000, para 391
habitantes por hectare, em 2010”.
Agência Fapesp, 26/01/2017. Disponível em
http://agencia.fapesp.br/populacao em favelas paulistanas cresce mais
do que no restante da cidade/24676/.
A mesma pesquisa mostrou, também, que, com relação aos
serviços públicos, tanto o abastecimento de água via rede
quanto a coleta de lixo parecem universalizados nas
favelas, com taxas de cobertura de 97,59% e 98,57%,
respectivamente. Entretanto, quando se olha o serviço de
coleta de lixo, feito diretamente por serviço de limpeza,
apenas 77,9% dos domicílios são atendidos. 95% dos
responsáveis pelos domicílios nas favelas situam-se na
faixa que vai de sem renda até três salários mínimos, e
45,8% dos responsáveis pelo domicílio nas favelas são
mulheres.
El País, 22/01/2017. Adaptado.
Os dados extraídos dos textos acima sinalizam mudanças
importantes na ocupação das favelas, dentre elas
a) a redução relativa da densidade populacional nos
domicílios, que é compatível com a redução do
tamanho das famílias, atualmente observada no
conjunto da população brasileira.
b) a presença majoritária de mulheres como responsáveis
pelos domicílios, o que tem contribuído para gerar
postos de trabalho e fazer a economia local avançar.
c) a presença majoritária de pessoas de renda média em
quase todos os domicílios, mostrando que as
características sociais médias desse tipo de habitação
continuaram melhorando bastante.
d) a maior parte dos domicílios analisados é
excessivamente adensada, pois 87,5% dos domicílios
apresentam entre um e cinco moradores.
e) a universalidade dos serviços de esgoto, água e coleta
de lixo, resultado da continuidade das políticas de
urbanização de favelas.