“A Teologia da Prosperidade Neopentecostal [...] prega uma ética econômica voltada para o mundo,
onde possuir e ascender são sinais de que Deus, e não o diabo, age em sua vida. Essa ascensão não se ancora
especificamente na disciplina e na dedicação ao trabalho, mas em uma disposição empreendedora de quem
almeja tornar-se o patrão nas relações de trabalho. Tal disposição de empreender é alimentada por ritos
sacrificiais - como dar o dízimo — que geram expectativas de prosperidade material no futuro. Os riscos
materiais do empreendimento são considerados atos de fé.”
ALMEIDA, Ronaldo de. A onda quebrada - evangélicos e conservadorismo. Cadernos Pagu (50), 2017:6175001.
Conforme a definição da Teologia da Prosperidade Neopentecostal, o vínculo entre a conduta
econômica e a ética religiosa, nesse contexto,
A) aponta para o processo de desencantamento do mundo, em que a racionalidade econômica capitalista se
afasta de sua origem religiosa.
B) desvaloriza o lucro como forma de comprovação de uma salvação religiosa, conforme a tese weberiana.
C) afasta-se da proposição weberiana, segundo a qual a ética protestante valoriza o trabalho metódico como
uma prova de fé.
D) contribui para a manutenção da coesão social, ao separar a ética religiosa do espírito empreendedor.