Um dos aspectos importantes na constituição da Sociologia enquanto ciência no século XIX foi o debate acerca
das transformações pelas quais a sociedade estava passando naquele período. Com isso, autores considerados
clássicos desta ciência, Karl Marx (1818-1883), Émile Durkheim (1858-1917) e Max Weber (1864-1920),
desenvolveram distintas concepções acerca da passagem da sociedade feudal para a sociedade capitalista.
Desse modo, verifica-se o seguinte:
a)
b)
d)
Para Karl Marx, a sociedade passa de um modelo baseado na solidariedade mecânica — pautado pela
similaridade de funções — para um modelo baseado na solidariedade orgânica — em que a sociedade é
como um organismo em que cada órgão possui uma função específica.
A transformação social expressa, para Émile Durkheim, a tomada do poder da burguesia em relação à
nobreza, em um processo de conflitos sociais que envolveu a importante atuação da nascente classe
proletária.
Max Weber considera que, na sociedade capitalista, em detrimento da sociedade feudal, os papéis
sociais de cada indivíduo são diferentes entre si, estabelecendo uma interdependência mútua que tem
como consequência a coesão social.
Émile Durkheim considera que a reforma protestante é um elemento importante para a compreensão da
passagem da sociedade feudal para a sociedade capitalista, enfatizando a assimilação do “espírito do
capitalismo” pelos valores da religião reformada.
Karl Marx considera que a passagem da sociedade feudal para a sociedade capitalista envolveu um
processo de revolução social, em que a burguesia se consolidou como nova classe dominante em
detrimento da nobreza.