A denominação de república oligárquica é frequentemente
atribuída aos primeiros 40 anos da República no Brasil.
Coronelismo, oligarquia e política dos governadores fazem
parte do vocabulário político necessário ao entendimento
desse período.
(Adaptado de Maria Efigênia Lage de Resende, “O processo político na
Primeira República e o liberalismo oligárquico”, em Jorge Ferreira e Lucilia
de Almeida Neves Delgado (orgs.), O tempo do liberalismo excludente —
da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006, p. 91.)
Relacionando os termos do enunciado, a chamada
“república oligárquica” pode ser explicada da seguinte
maneira:
a) Os governadores representavam as oligarquias
estaduais e controlavam as eleições, realizadas com
voto aberto. Isso sustentava a República da Espada, na
qual vários coronéis governaram o país, retribuindo o
apoio político dos governadores.
b) Diante das revoltas populares do período, que
ameaçavam as oligarquias estaduais, os governadores
se aliaram aos coronéis, para que chefiassem as
expedições militares contra as revoltas, garantindo a
ordem, em troca de maior poder político.
c) As oligarquias estaduais se aliavam aos coronéis, que
detinham o poder político nos municípios, e estes
fraudavam as eleições. Assim, os governadores
elegiam candidatos que apoiariam o presidente da
República, e este retribuía com recursos aos estados.
d) Os governadores excluídos da política do "café com
leite” se aliaram às oligarquias nordestinas, a fim de
superar São Paulo e Minas Gerais. Essas alianças
favoreceram uma série de revoltas chefiadas por
coronéis, que comandavam bandos de jagunços.