A imagem da negra e do negro em produtos de
beleza e a estética do racismo
Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir a
representação da população negra, especialmente
da mulher negra, em imagens de produtos de beleza
presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia-
se que a presença de estereótipos negativos nessas
imagens dissemina um imaginário racista apresentado
sob a forma de uma estética racista que camufla a
exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as)
negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material
imagético aponta a desvalorização estética do negro,
especialmente da mulher negra, e a idealização da
beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio
do uso dos produtos apresentados. O discurso midiático-
publicitário dos produtos de beleza rememora e legitima
a prática de uma ética racista construída e atuante no
cotidiano. Frente a essa discussão, sugere-se que o
trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais,
considere o uso de estratégias para uma “descolonização
estética” que empodere os sujeitos negros por meio de
sua valorização estética e protagonismo na construção de
uma ética da diversidade.
Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, educação,
diversidade.
SANT'ANA, J. Aimagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do
racismo. Dossiê: trabalho e educação básica. Margens Interdisciplinar.
Versão digital. Abaetetuba, n.16, jun. 2017 (adaptado).
O cumprimento da função referencial da linguagem é
uma marca característica do gênero resumo de artigo
acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é
estabelecida pela
@® impessoalidade, na organização da objetividade das
informações, como em “Este artigo tem por finalidade”
e “Evidencia-se”.
O seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do
texto, como em “imaginário racista” e “estética do
negro”.
O metaforização, relativa à construção dos sentidos
figurados, como nas expressões “descolonização
estética” e “discurso midiático-publicitário”.
® nominalização, produzida por meio de processos
derivacionais na formação de palavras, como
“inferiorização” e “desvalorização”.
O adjetivação, organizada para criar uma terminologia
antirracista, como em “ética da diversidade” e
“descolonização estética”.