“Sapo não pula por boniteza, mas porém por percisão.”
(“Provérbio capiau” citado em epígrafe no conto “A hora e a
vez de Augusto Matraga”, em João Guimarães Rosa,
Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015, p.287.)
Elementos textuais que antecedem a narrativa como, por
exemplo, o provérbio citado, funcionam, em alguns
autores, como pista para se entender o sentido das ações
ficcionais. No excerto acima, as ideias de beleza e
necessidade são contrapostas com vistas à produção de
um sentido de ordem moral. Considerando-se a jornada
heroica de Augusto Matraga, é correto afirmar que a
narrativa
a) contradiz o sentido moral do provérbio, uma vez que o
protagonista não é fiel ao seu propósito de mudar os
hábitos antigos.
b) confirma o sentido moral do provérbio, uma vez que o
protagonista realiza uma série de ações para corrigir
seu caráter e reordenar eticamente sua vida.
c) ratifica o sentido moral do provérbio, uma vez que o
protagonista é seduzido pelos encantos da natureza e
pelos prazeres da bebida e do fumo.
d) refuta o sentido moral do provérbio, uma vez que o
protagonista não consegue agir sem as motivações da
beleza física e do afeto femininos.