Ao analisar a estrutura do trabalho, durante a Alta Idade Média, Leo Huberman
afirmou:
“O camponês era, então, um escravo? Na verdade, chamava-se de
“servos a maioria dos arrendatários, da palavra latina servus, que significa
'escravo'. Mas eles não eram escravos, no sentido que atribuíimos a
palavra, quando a empregamos..
Leo Huberman. História da riqueza do homem. 21º ed.
Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986, p.06
Considerando os trabalhadores durante o período considerado, a distinção
principal, notada pelo autor, decorre
a)
b)
da obtenção de proteção, oferecida pelo senhor aos seus servos que, em
troca, prestavam o juramento de fidelidade ao dono da terra, dentro das
relações de suserania e vassalagem.
das especificidades do trabalho naquele período, em que os servos deviam
obrigações ao senhor da propriedade, não podendo ser vendidos ou trocados,
já que estavam vinculados à terra.
das formas diferentes de se lidar com a mão de obra, já que, na Idade
Média, o servo podia ser vendido ou trocado a qualquer momento, condição
inexistente com os escravos.
da concepção diferenciada sobre o tratamento dado aos trabalhadores,
mais amena em relação aos servos, e de extrema crueldade em relação aos
escravos e suas respectivas famílias.
dos diferentes vínculos estabelecidos entre o trabalhador e o senhor da
terra: o escravo estava preso ao seu proprietário, já os servos eram homens
livres, que podiam escolher a proteção de um senhor menos cruel.