Os romanos ricos tinham um estilo de vida luxuoso
sob quaisquer padrões, antigos ou modernos. O
imperador, (...) estava na parte mais alta do espectro,
superando até os super-ricos. Sua fortuna tinha por
base as rendas das vastas propriedades imperiais
espalhadas por todo o mundo romano, que passavam
de um governante ao seguinte e incluíam minas e
propriedades industriais, além de fazendas; um fator
que aumentava sua fortuna eram as linhas nebulosas
entre as finanças do Estado e as do próprio imperador;
e também — pelo menos, às vezes, essa era a acusação
— várias formas de apropriação, como heranças
compulsórias, quando o dinheiro em caixa ficava mais
curto.
BEARD, M. SPQR: uma história da Roma Antiga. São Paulo:
Planeta, 2017. p.534. Adaptado.
Ostentar a riqueza era uma prática comum entre os
romanos ricos e também praticada pelos imperadores.
A ostentação da riqueza relacionava-se:
a) À recusa por investimentos produtivos pelos ricos
romanos, pois a aquisição de recursos econômicos era
realizada exclusivamente por meio das conquistas
territoriais.
b) À estrutura econômica do império romano, que
priorizava a obtenção de riqueza mediante a
exploração do trabalho de pessoas escravizadas
durante as conquistas.
c) A uma prática social relacionada à busca do
prestígio, pois a demonstração de riqueza evidenciava
a capacidade de controlar a própria vida e de dispor
livremente dos recursos econômicos.
d) À competição entre os ricos romanos e o
imperador para demonstrar que a posse da riqueza
tornava esses cidadãos isentos das obrigações para
com as leis, exclusiva para os pobres do império.
e) À resistência às críticas promovidas por
sacerdotes e religiosos que clamavam por um estilo de
vida modesto e dedicado à adoração aos deuses.