Na administração do engenheiro e prefeito Carlos Sampaio (1920-1922), o Morro do Castelo foi
totalmente demolido. A decisão causou muita polêmica, tendo sido criticada por vários
intelectuais, como, por exemplo, Monteiro Lobato.
semper nag
[O Morro do Castelo] ouve sempre cochichos
suspeitos nos quais um estribilho soa insistente:
precisamos arrasar o Morro do Castelo! Percebe
que virou negócio, que o verdadeiro tesouro
oculto em suas entranhas não é a imagem de
ouro maciço de Santo Inácio, e sim o panamá
do arrasamento. Os homens de hoje são
negocistas sem alma. Querem dinheiro. Para
obtê-lo venderão tudo, venderiam até a alma se
a tivessem. Como pode ele, pois, resistir à maré,
se suas credenciais — velhice, beleza, pitoresco,
historicidade — não são valores de cotação na
bolsa?
As LES
MONTEIRO LOBATO Demolição do Morro do Castelo. No alto do morro, as ruínas da
Adaptado de A onda verde. São Paulo: Monteiro Lobato & Igreja de São Sebastião.
Cia Editores, 1922. Foto de Augusto Malta, 14/10/1922.
De acordo com a crítica de Monteiro Lobato, transcrita acima, o arrasamento do Morro do
Castelo expressou a seguinte perspectiva de intervenção urbana:
A
B
C
D
ee”
remoção de população pobre
dá
saneamento de área degradada
desqualificação do passado colonial
(
(
(
(
Cm nat”
modernização do transporte público