Leia atentamente o excerto a seguir:
“Há duas Brancas Dias: uma real, outra imaginária. A
primeira pode ser conhecida consultando-se os
documentos históricos e os estudos já escritos a
respeito; a outra está nos romances e peças de
teatros inspirados pelo personagem real. [...]
Enquanto seu marido, Diogo Fernandes, instalava-se
em Pernambuco, [...] Branca, que havia permanecido
em Portugal, era denunciada e presa pela Inquisição.
Acusada de judaismo pela própria mãe e por uma
irmã, que já se encontravam presas, Branca admitiu a
dita heresia, sendo assim libertada, [...]. Com a
morte do marido, além de administrar a parcela que
restava do engenho Camaragibe após um fracasso
parcial de sua exploração, Branca manteve em sua
casa da Rua Palhares, em Olinda, com a ajuda das
filhas, uma escola para ensinar meninas a cozinhar,
bordar e fazer rendados. Mal imaginava que, trinta
anos depois, já morta, suas ex-alunas a denunciariam
ao visitador inquisitorial por práticas judaizantes no
Brasil”.
Bruno Fleiter. Duas faces de um mito. Nossa Historia. Ano 1,
ne 10, ago. 2004. p. 48.
O aspecto da colonização do Brasil tratado no trecho
acima diz respeito
A) ao processo de inclusão social dos praticantes de
religiões não católicas, respeitando o direito ao
culto e suas tradições religiosas.
B) a perseguição religiosa, por parte do Tribunal do
Santo Ofício, que trouxe a inquisição até as
terras brasileiras no período colonial.
C) a condição de liberdade de culto e manifestação
religiosa presentes na História do Brasil desde a
colonização até os dias atuais.
D) a perfeita inclusão na sociedade brasileira dos
negros libertos, dos judeus e da população pobre
em geral, com a criação da República e da
democracia no Brasil.