Lélia Gonzalez (1935-1994) teve um papel pioneiro na
criação de uma teoria do feminismo negro brasileiro. O
momento mais intenso de sua militância ocorreu durante a
Ditadura Militar (1964-1985), que coibiu a organização
política da sociedade civil. A Lei de Segurança Nacional,
de setembro de 1967, estabelecia que era crime “incitar
publicamente ao ódio ou à discriminação racial”. O que, na
verdade, poderia ser usado contra o movimento negro,
uma vez que denunciar o racismo e expor o mito da
democracia racial poderia ser considerado uma ameaça à
ordem social, um estímulo ao antagonismo e uma incitação
ao preconceito.
(Adaptado de Raquel Barreto, “Memória — Lélia Gonzalez”. Revista Cult 247.
São Paulo, julho, 2019. Disponível em https://revistacult.uol.com.br/home/ lelia-
gonzalez-perfil/. Acessado em 01/05/2020.)
A partir do excerto sobre Lélia Gonzalez e seu contexto
histórico, assinale a alternativa correta.
a) A Ditadura Militar perseguiu o feminismo negro no
Brasil por ele pregar a supremacia das mulheres
negras.
b) A Ditadura Militar criou mecanismos para recolher
denúncias contra a discriminação e combater o
racismo estrutural no país.
c) A Lei de Segurança Nacional criou instrumentos
jurídicos que possibilitavam a criminalização de
denúncias contra o racismo.
d) A Lei de Segurança Nacional possibilitou a harmonia
das relações étnico-raciais e a igualdade de gênero no
Brasil.