A filósofa brasileira Rosa Dias diz o seguinte
sobre a filosofia da arte de Nietzsche:
“[O0] ponto mais importante da estética nietzschiana
do seu primeiro livro [O nascimento da tragédia] é o
desenvolvimento dos aspectos apolíneo e dionisíaco
na arte grega, considerados como impulsos
antagônicos, como duas faculdades fundamentais do
homem: a imaginação figurativa, que produz as
artes da imagem (a escultura, a pintura e parte da
poesia), e a potência emocional, que encontra sua
voz na linguagem musical. Cada um desses
impulsos manifesta-se na vida humana por meio de
dois estados fisiológicos, o sonho e a embriaguez,
que se opõem como o apolíneo e o dionisiaco. O
sonho e a embriaguez são condições necessárias
para que a arte se produza; por isso, o artista, sem
entrar em um desses estados, não pode criar”.
DIAS, Rosa Maria. Arte e vida no pensamento de
Nietzsche. In: Cadernos Nietzsche, São Paulo, v. 36 nº 1,
p. 228, 2015.
Com base na citação acima, é correto afirmar que
A) como o apolineo e o dionisiaco sao dois
impulsos antagônicos, o artista, em seu
processo de criação, deve escolher apenas uma
das duas vias: ou estado de sonho ou de
embriaguez.
B) o impulso apolíneo expressa nossas propensões
intelectuais em direção ao suprassensível e o
impulso dionisíaco, nossa participação no
mundo sensível, emocional.
C) ambos os impulsos se manifestam
artisticamente: o apolíneo nas formas plásticas
da visão, nos sonhos e na poesia escrita; O
dionisiaco, na embriaguez em que repousa a
música.
D) os impulsos apolíneo e dionisíaco não são
potências sensíveis e criadoras da natureza e
produzem estados fisiológicos diversos, porque
não são adequados ao humano.