A palavra heresia (do grego hairesis, hairein, que
significa escolher) acompanhou a vida da Igreja desde
os inícios, e para os escritores eclesiásticos o termo
designava uma doutrina contrária aos princípios da fé
oficialmente declarada. As primeiras heresias
distinguem-se das que ocorreram nos séculos XII e
XIII pelo seu caráter puramente filosófico e teológico
que fazia especulação racional em torno dos princípios
ou dogmas cristãos.
FALBEL, N. Heresias Medievais. São Paulo: Perspectiva, 1999,
p. 13.
Em relação às heresias posteriores, isto é, as heresias
da Baixa Idade Média, é CORRETO afirmar que o
que as caracteriza é:
a) O arianismo, pensamento que tratava da Trindade,
da natureza divina e humana de Cristo e da relação
existente entre ambas, bem como de questões ligadas
à essência da divindade.
b) O seu cunho popular assentado sobre uma nova
visão ética da instituição eclesiástica e do cristianismo
como religião vigente na sociedade ocidental.
c) O apoio que os soberanos de diversas monarquias
medievais empenharam, ao lado da lei civil, para a
manutenção de suas práticas consideradas heréticas
pela Igreja.
d) O seu caráter de agrupamento, criando corporações
e uma nova situação social e claramente comunitária,
na sociedade medieval.
e) O impulso cultural e espiritual motivado pelo
chamado Renascimento do século XII, que permitiu o
acesso de setores populares da sociedade a textos
filosóficos em latim.