O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido
dele que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa, não costumam
desejar tê-lo mais do que o têm. E não é verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas isso
antes testemunha que o poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o
que se denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens.
(DESCARTES, René. Discurso do Método, 1973, p. 37)
Na perspectiva de René Descartes,
a) o conhecimento filosófico prioriza a sensação, deixando à margem o valor da razão, isto é, o que
vale é ter bom senso.
b) o conhecimento filosófico é natural em todos os homens, mesmo sem fazerem uso do bom
senso.
c) o conhecimento filosófico salienta a importância capital de bem conduzir a própria razão para a
aquisição da ciência.
d) o conhecimento filosófico delimita a faculdade de julgar o absoluto, desprezando o valor do
conhecimento.
e) o conhecimento filosófico enfatiza que a essência do homem consiste nos sentidos, uma vez que
o bom senso acentua o caráter relativo e particular da razão.