Exercício 10127538

. Analise o texto a seguir: Quando se discutem mobilidades, fronteiras e produção de configurações sociais, que transcendem a escala nacional e resultam de fluxos que vinculam diferentes espaços, há uma clara tendência para privilegiar as migrações como principal referência. Isso acontece provavelmente por se tratar de um tipo de mobilidade menos efêmero que o turismo e as demais formas de nomadismo e, por isso, considera-se que as migrações tenham implicações mais profundas e sustentadas na produção de transnacionalismos. Todavia, no atual estágio de conectividade e de velocidade do sistema-mundo, os vários trânsitos de pessoas, e não só, cruzam-se, interagem e misturam-se flexivelmente, ainda que, dependendo do contexto, se expressem com relevâncias, formatos e orientações geográficas variáveis. Fonte: Stephen. Globalização e novos fluxos migratórios. 2005. O texto aponta para a complexidade do sistema-mundo nos diferentes contextos socioespaciais de mobilidades populacionais. Essas formas de circulação emergentes compreendem a) fluxos e processos transnacionais de pessoas, bens, capital, informação e imagens, que transcendem fronteiras político-administrativas e dirigem-se, também, a fronteiras de etnicidade, de cidadania, de classe, de gênero, entre outras. b) características homogêneas, podendo evoluir para formas migratórias uniformes das que se revelam em um primeiro momento, sempre que as expectativas da população e os comportamentos individuais mudam no decurso de uma ou entre várias deslocações. c) _ inflexibilidades de fronteiras, garantindo uma fiscalização ausente de vigilância interna de cidadãos estrangeiros e prescindindo de uma monitorização que investigue a origem dos potenciais migrantes. d) sofisticados meios tecnológicos que permitem aos Estados abdicar de vigiar e controlar os fluxos transnacionais em curso. A política de edificação de delimitações fronteiriças panópticas se limita à regulação das mobilidades apenas nos perímetros dos Estados. e) meios sistemáticos de controle interno de mobilidades populacionais que admitem todas as categorias de pessoas para atestar a livre circulação entre cidadãos de países não signatários. De modo geral, as fronteiras manifestam restrições significativas à circulação de capital e de indivíduos das classes mais afluentes.