A história da casa-grande é íntima de quase todo brasileiro: de sua vida doméstica, conjugal,
sob o patriarcalismo escravocrata e polígamo; da sua vida de menino. Nas casas-grandes foi
até hoje onde melhor se exprimiu o caráter brasileiro, a nossa continuidade social.
Adaptado de Freyre, G. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal.
Rio de Janeiro: Record, 1995.
Publicado em 1933, Casa-grande & senzala tornou-se livro de referência nas análises sobre
patriarcalismo na sociedade brasileira.
Na letra da canção Morro velho, aspectos das relações patriarcais são abordados, entre eles a
“continuidade social”, presente na seguinte passagem:
(A) No sertão da minha terra, / fazenda é o camarada que ao chão se deu. (v. 1-2)
(B) Orgulhoso camarada conta histórias pra moçada. (v. 14)
(C) Parte, tem os olhos tristes, / deixando o companheiro na estação distante. (v. 17-18)
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D) Já tem nome de doutor / e agora na fazenda é quem vai mandar. (v. 25-26)