Desde que, em 1993, frequentei por dez meses a favela de Vigário Geral para escrever
“Cidade Partida”, muita coisa piorou no quadro da violência no Rio. (...)
[Nesse espaço de tempo, porém,] nem tudo foi retrocesso. Ao contrário, há que se comemorar
nos últimos anos o surgimento de importantes ações afirmativas em que se destacam os
trabalhos de personagens como MV Bill, na Cidade de Deus; Jaflson de Souza e Silva, na
Maré; Celso Athayde, à frente da CUFA [Central Única das Favelas], entre outros.
Estes movimentos se caracterizam pelo empenho em sair do gueto e ganhar vi idade não
pelos tiros de AR-15, mas pelos sons, cores e gestos da arte e da cultura.
(VENTURA, Zuenir. A cultura une o que a economia separa. O Globo, 02/04/2008)
As frases de Zuenir Ventura expressam um ponto de vista sobre as ações afirmativas realizadas
por diversos grupos na tentativa de redução da distância entre “asfalto” e “favela”.
Para o autor, essas ações afirmativas decorrem da:
(A) atuação social do terceiro setor
(B) formação de novas agremiações políticas
(C) entrada de investimentos produtivos nas áreas de periferia
(D) produção de programas sociais pelos governos municipal e estadual