Muito antes de a farmacologia moderna desvendar cienti-
ficamente a ação da cafeína sobre o sistema nervoso central,
especialmente seu efeito estimulante, as comunidades indí-
genas da Amazônia se beneficiavam das propriedades desta
substância no alívio da fadiga, por meio do emprego do gua-
raná, sem necessariamente compreender sua composição
química ou outras possibilidades terapêuticas.
(Ediara R. G. Rios et al. “Senso comum, ciência e filosofia —
elo dos saberes necessários à promoção da saúde”.
Ciência & Saúde Coletiva, 2007. Adaptado.)
O excerto ressalta um aspecto importante para o estudo do
conhecimento, segundo o qual
(A) o senso comum pode engendrar o desenvolvimento de
uma teoria científica.
(B) as proposições teóricas se sobrepõem às demonstra-
ções empíricas.
(C) o poder de convencimento é superior ao efeito dos argu-
mentos.
(D) os usos de cafeína por indígenas têm cunho essencial-
mente religioso.
(E) o saber é relevante em uma comunidade quando corro-
borado pela ciência.