As cidades, para nascer, precisaram de um meio rural fa-
vorável, mas, à medida que se desenvolviam, exerciam uma
atração cada vez maior sobre um entorno agrário dilatado na
medida de suas exigências. [...] A emigração do campo para
a cidade entre os séculos X e XIV é um dos fenômenos prin-
cipais da Cristandade. Dos diversos elementos humanos que
recebe, a cidade faz uma nova sociedade.
(Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval, 2017.)
No excerto, ao tratar das cidades medievais, o historiador
(A) estabelece vínculos com o campo, de onde provinham
os alimentos e a mão de obra que sustentavam a vida
urbana.
(B) minimiza a importância da nobreza feudal, cujo poder fi-
cou restrito às áreas rurais e aos camponeses.
(C) explica o motivo do surgimento de uma nova classe so-
cial, a burguesia, a partir da acumulação monetária.
(D) separa a zona urbana da periferia rural, destacando o de-
senvolvimento de novas atividades econômicas.
(E) destaca as relações político-administrativas como a base
da vida urbana, ao contrário da função econômica do
campo.