A onda de regimes militares direitistas que começou a
inundar grandes partes da América do Sul na década de
1960 — o governo militar jamais saíra de moda na América
Central — não respondia, basicamente, a rebeldes armados.
Na Argentina, eles derrubaram Juan Domingo Perón. As For-
ças Armadas tomaram o poder no Brasil em 1964 contra os
herdeiros do grande líder Getúlio Vargas. No Chile, o inimigo
foi o que a tradição europeia conhecia como “frente popular”.
(Eric J. Hobsbawm. Era dos extremos, 1995. Adaptado.)
O contexto em que esses regimes foram implantados no
Brasil, na Argentina e no Chile está relacionado
(A) às tensões da Guerra Fria, com a mobilização de setores
sociais contra governos populistas e a ameaça comunista.
(B) à expansão do modelo soviético no continente, devido à
suspensão da ajuda financeira norte-americana.
(C) ao intervencionismo militar norte-americano, baseado na
política do Big Stick e na diplomacia do dólar.
(D) à polarização ideológica entre fascismo e liberalismo,
marcante no mundo após o final da Segunda Guerra.
(E) às guerrilhas organizadas no continente, acirradas
pela marginalização das comunidades indígenas e
camponesas.