Há iniciativas que conseguem fazer que os leitores saiam do cerco cristalizado do conhecido e
confortável e conheçam novos autores e gêneros ou se voltem, de modo renovado, aos clássicos. Nesse
sentido, o trabalho de ONGs que atuam em territórios vulnerabilizados pelas crises socioeconômicas,
programas de leitura que enfatizam mais o encontro entre leitores e os textos do que as estatísticas sobre
leitura, propostas de formação e capacitação que dão espaço a novas leituras e pensam os professores como
leitores, revistas virtuais e impressas que propõem desafios, todos esses e outros projetos, muitas vezes, abrem
caminhos alternativos nos processos de canonização, tão complexos e variáveis.
Assim como a narradora do livro Histórias para Fernández da escritora argentina Ema Wolf mobiliza seu
cânone pessoal para inventar histórias cativantes, todo mediador (quem escolhe um texto para editar, quem
decide o que vai ler com seus alunos, quem faz uma lista de livros para renovar uma biblioteca, além de tantas
outras mediações) está sempre permeado por questões do cânone.
BAJOUR, Cecilia. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. São Paulo: Editora Pulo do
Gato, 2012. p. 103-104. (Fragmento adaptado)
No segundo parágrafo do fragmento acima, o termo “Assim”
A) inicia um parágrafo, cumprindo a função de introduzir uma conclusão.
B) integra a expressão “Assim como”, que cumpre a função de introduzir uma descrição.
C) integra a expressão “Assim como”, que cumpre a função de introduzir uma comparação.
D) inicia um parágrafo, cumprindo a função de introduzir uma narração.